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Como identificar falsas notícias nas redes sociais.

Como identificar falsas notícias nas redes sociais.

Em 2015, o Facebook publicou em seu site uma matéria afirmando que 45% da população brasileira (92 milhões de pessoas) acessam a rede social de Mark Zuckerberg mensalmente. Desses, 77 milhões o fazem via dispositivos móveis (tablets e smartphones), o que configura um número surpreendente diante da nossa precária infraestrutura de internet. As pessoas usam o Facebook para as mais diversas atividades, sejam profissionais ou pessoais, porém são poucas as que tomam o devido cuidado visando a sua privacidade e segurança, visto que a rede social tem sido um dos principais meios usados por hackers, criminosos e outras pessoas mal-intencionadas para a aplicação de golpes e, principalmente, a divulgação de boatos. De acordo com a cartilha de segurança do CERT.Br (Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil), um boato (ou hoax) é “uma mensagem que possui conteúdo alarmante ou falso e que, geralmente, tem como remetente, ou aponta como autora, alguma instituição, empresa importante ou órgão governamental”. Um boato pode ser usado para espalhar códigos maliciosos, pode comprometer a credibilidade de pessoas e empresas envolvidas e, em casos mais extremos, causar tragédias como a da morte de uma dona de casa no Guarujá (SP) em 2014, cuja foto era veiculada associando-a a sequestros de crianças para a realização de rituais de magia negra, o que posteriormente ficou comprovado ser apenas um boato.

Dicas retiradas da Central de Ajuda do Facebook são valiosas para que você não seja mais um transmissor de falsas notícias. Desconfie das manchetes:boatos geralmente trazem textos apelativos, em letras maiúsculas e com ponto de exclamação. Se alegações chocantes parecem inacreditáveis, desconfie. Olhe a URL (endereço): muitos sites de notícias falsas usam o endereço eletrônico de importantes veículos de imprensa com pequenas variações no nome com o intuito de dar credibilidade ao boato, assim é recomendável uma comparação com o endereço do site oficial em questão. Investigue a fonte: há vários veículos independentes que possuem boa reputação e grande credibilidade, entretanto é necessário conhecer o site e, principalmente, se ele possui histórico de veicular notícias falsas. Fique atento ao texto: muitos sites de notícias falsas possuem textos com erros ortográficos e de concordância, excesso de propagandas e layouts estranhos.

Além disso, verifique as fotos e os vídeos: fotos manipuladas, falsas e/ou fora de contexto são muito utilizadas, assim é necessário verificar sua fonte original usando ferramentas como o TinEye ou o Google Imagens. Esteja atento também aos vídeos, pois há muitas montagens e dublagens de péssima qualidade, o que geralmente caracteriza um boato. Analise também as evidências: observe as fontes da reportagem para verificar se são confiáveis, pois falta de evidências e, principalmente, menções a dados e especialistas desconhecidos podem ser indicações de boato. Busque outras fontes: se nenhum outro veículo conhecido da imprensa ou mesmo algum veículo independente com credibilidade comprovada publicou o assunto, a chance de ser um boato é muito grande. Farsa ou apenas brincadeira? É difícil distinguir uma falsa notícia de uma paródia, humor ou sátira de uma situação. Há sites que fazem piadas com fatos do cotidiano, mas felizmente deixam isso explícito; o problema é quando as pessoas tomam tais piadas como fatos e compartilham causando desinformação.

Enfim, desconfie de tudo e de todos e sempre investigue as fontes antes de compartilhar alguma informação; caso contrário, você pode espalhar desinformação e, principalmente, comprometer sua credibilidade e sua imagem na web.


Texto publicado originalmente no Jornal de Jales – coluna Fatecnologia – no dia 07/05/2017.

Jorge Luís Gregório

Jorge Luís Gregório

Professor e entusiasta de tecnologia, estudioso da cultura NERD e fã de quadrinhos, animes e games. Mais um pai de menino, casado com a mulher mais linda da galáxia e cristão convicto. Gosto de ler ficção científica e discutir tecnologia, filmes, seriados, teologia, filosofia e política. Quer falar sobre esses e diversos outros assuntos? Venha comigo!