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O poder do software

O poder do software

De acordo com o Museu da História da Computação, a partir dos anos 1950 as empresas compreenderam o potencial dos computares que, até então, possuíam aplicações quase que exclusivamente direcionadas aos campos militar e científico. Naqueles tempos, os mainframes, computadores de grande porte capazes de processar grandes quantidades de dados, eram os equipamentos mais usados, visto que o computador pessoal (PC) ainda não havia surgido. Entretanto, os mainframes eram caros e de uso exclusivo das grandes corporações. A nova e crescente demanda por aplicações voltadas aos negócios, além das conhecidas demandas por aplicações científicas e militares, fez com que o hardware e o software evoluíssem rapidamente. No final dos anos 1980, após o surgimento e a consolidação dos computadores pessoais e das chamadas linguagens de programação moderna, os computadores se popularizaram de vez, chegando aos lares e a todos os tipos e tamanhos de organizações.

Nos dias atuais, os computadores e a internet possuem crescente importância em todos os setores da economia, ainda mais nos negócios, visto que pequenas e grandes empresas possuem processos e rotinas administrativas apoiadas por diversos tipos de softwares multiplataforma devidamente integrados por meio da internet. Segundo Roger Pressman, considerado um dos grandes nomes da computação, o software é a tecnologia mais importante do cenário mundial atual, visto que está presente não apenas como potencializador de diversas áreas do conhecimento, como engenharia, ciências ou negócios, mas, principalmente, como principal fator que viabiliza diversas outras tecnologias, como a engenharia genética, a nanotecnologia, a inteligência artificial, entre outras. Ian Sommerville, outra grande referência no mundo da computação, vai além e diz que o mundo moderno simplesmente não existiria sem o software, pois suas aplicações passam pela infraestrutura de serviços complexos, tais como as telecomunicações, sistema financeiro, indústria e até o entretenimento, como a música, videogames, o cinema e a televisão.

O software é o distribuidor do produto mais importante dos dias atuais: a informação.  Ele é capaz de transformar dados sem sentido em informações relevantes em diversos contextos; também é capaz de gerenciar diversos tipos de informações gerenciais em diversos ambientes, aumentando assim a competitividade do seu usuário e/ou detentor; é capaz de analisar padrões em um conjunto de dados e informações visando descobrir novas informações e/ou fornecer relatórios que apoiem a tomada de decisão. O software para dispositivos móveis, comumente chamado de aplicativo ou simplesmente apps, pode ser a base para novos modelos de negócios, tais como o Uber (empresa multinacional de transporte privado), o Nubank (empresa nacional de serviços financeiros de cartão de crédito) e diversas outras empresas e startups, entre outras características únicas de sua natureza.

O software não é apenas o presente, é o passado e o futuro, ou seja, chegamos ao estado atual de evolução tecnológica graças, em grande parte, a ele, e também iremos, a partir de agora, por meio dele, não apenas ao aspecto científico, mas também ao campo dos negócios, da educação, da comunicação, enfim, a todas as áreas. Necessitaremos cada vez mais de softwares inteligentes e integrados aos mais diversos ambientes, capazes de processar, armazenar e compartilhar o crescente fluxo de informações que geramos todos os dias. Lembre-se: um hardware sem software não passa de um amontoado de metal sem utilidade alguma.


Texto publicado originalmente no Jornal de Jales – coluna Fatecnologia – no dia 09 de setembro de 2017.

Jorge Luís Gregório

Jorge Luís Gregório

Professor e entusiasta de tecnologia, estudioso da cultura NERD e fã de quadrinhos, animes e games. Mais um pai de menino, casado com a mulher mais linda da galáxia e cristão convicto. Gosto de ler ficção científica e discutir tecnologia, filmes, seriados, teologia, filosofia e política. Quer falar sobre esses e diversos outros assuntos? Venha comigo!