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Facebook testa novo recurso para combater falsas notícias.

Facebook testa novo recurso para combater falsas notícias.

Nos últimos anos, a quantidade de notícias falsas propagadas nas redes sociais e aplicativos de mensagem é algo extremamente preocupante. Além de alvo de estudos, as chamadas “fake news” têm sido alvo de diversas ações ao redor do mundo, as quais envolvem a iniciativa pública e privada na tentativa de impedir que boatos se espalhem pela internet. Quase sempre, a verdadeira intenção de um hoax (termo técnico para boato) não é espalhar uma falsa informação, e sim espalhar links que apontam para páginas falsas ou fazem com que a vítima baixe aplicativos maliciosos. Em ambos os casos, a vítima pode sofrer um golpe conhecido como roubo de identidade, em que criminosos usam seus dados para praticar crimes e realizar compras em sites de e-commerce.

Com mais de 2 bilhões de usuários em todo o mundo e mais de 114 milhões no Brasil, o Facebook é uma máquina de propagação de falsas notícias, o que tem gerado muitas dores de cabeça aos usuários e empresas que marcam forte presença na rede social de Mark Zuckerberg. Ademais, o mundo exige uma resposta dos seus engenheiros visando combater esse mal que assola todas as redes sociais. Um boato pode, além de causar transtornos, prejudicar a imagem e a credibilidade de pessoas e empresas e, em casos mais extremos, causar tragédias.

 Em abril de 2017, em resposta às frequentes cobranças que a rede social recebe sobre as notícias falsas, o Facebook lançou um manual com boas práticas e dicas de como identificar e denunciar uma falsa notícia. Entretanto, tal medida não foi suficiente para conter seu constante crescimento na rede social. Assim, um novo recurso será testado em breve: o botão de “contexto”. A ideia desse recurso é permitir que os usuários verifiquem fontes de informações diversas relacionadas à notícia sem sair do Facebook, isto é, sem abrir novas abas no navegador a fim de acessar sites de notícias para confirmar a informação. “Estamos testando um botão que as pessoas podem clicar para acessar facilmente informações adicionais sem precisar ir para outro lugar”, disse um post no blog do Facebook assinado pelos gerentes de produtos Andrew Anker, Sara Su e Jeff Smith.

Toda medida é válida na tentativa de conter as falsas notícias, mas a ideia de fazer com que o próprio Facebook forneça os meios para verificação das notícias que ele mesmo propaga não soa muito democrática. Penso que isso pode restringir a liberdade dos usuários colocando o próprio Facebook como autoridade máxima no combate a esse tipo de notícia. A equipe da rede social afirma que o novo recurso realizará pesquisas em outras fontes alternativas, como a Wikipédia, ou seja, não tomará como referência apenas suas postagens. Mesmo assim, acredito que a validação de algo deve vir por meio de recursos e autoridades externas ao contexto.  Assim, quando me deparar com conteúdos alarmantes, exagerados e que apresentem erros ortográficos, farei o de sempre, isto é, continuarei verificando em diversas fontes alternativas a fim de confirmar ou rechaçar a notícia.

Vale ressaltar que o Facebook lidera uma iniciativa global composta por empresas como Apple, Ford Foundation, Mozilla, Betaworks, entre outras, para combater esse mal que assola e continuará assolando os usuários do Facebook, WhatsApp e outras redes sociais e aplicativos de mensagens. A dica principal é: desconfie de tudo e, antes de compartilhar, verifique a veracidade.


Texto publicado originalmente no Jornal de Jales – coluna Fatecnologia – no dia 22 de outubro de 2017.

Jorge Luís Gregório

Jorge Luís Gregório

Professor e entusiasta de tecnologia, estudioso da cultura NERD e fã de quadrinhos, animes e games. Mais um pai de menino, casado com a mulher mais linda da galáxia e cristão convicto. Gosto de ler ficção científica e discutir tecnologia, filmes, seriados, teologia, filosofia e política. Quer falar sobre esses e diversos outros assuntos? Venha comigo!