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O que é Robotic Process Automation (RPA)?

O que é Robotic Process Automation (RPA)?

Quando falamos sobre robôs, a primeira coisa que imaginamos são as entidades humanoides retratados pela ficção na literatura e no cinema. Entretanto, na prática, os robôs são agentes inteligentes num sentido mais amplo, ou seja, sistemas capazes de perceber o e atuar sobre esse ambiente em que estão inseridos segundo sua programação, sempre visando o melhor desempenho. Assim, um robô pode ser uma entidade física (hardware) ou um programa de computador (software).

Nesse sentido, a automação de processos robóticos (Robotic Process Automation – RPA) consiste na aplicação de softwares para a automação de processos de negócio. Segundo a International Business Machine (IBM), RPA é “[…] o uso de robôs de software para automatizar as tarefas rotineiras altamente repetitivas normalmente executadas pelos trabalhadores em sua organização”. Assim, essa tecnologia é capaz de imitar a atuação de um ser humano em tarefas simples, repetitivas e de baixa importância, que não exigem julgamento.

Há um ditado entre os profissionais de T.I que é “If repeat, script!” (se repete, escreva – em tradução livre), isto é, ao invés de perder tempo em uma tarefa repetitiva, escreva um pequeno programa (script) para automatizar essa tarefa. Assim, além de executar essa tarefa mais rapidamente, há a redução da taxa de erros e sobra mais tempo para tarefas mais importantes e complexas, que realmente agregam valor à organização e aos seus clientes. É exatamente essa a filosofia por trás da RPA.

Há um ditado entre os profissionais de T.I que é “If repeat, script!” (se repete, escreva – em tradução livre), isto é, ao invés de perder tempo em uma tarefa repetitiva, escreva um pequeno programa (script) para automatizar essa tarefa.

O cerne da RPA são os chamados bots de automação ou simplesmente bots. Essa “força de trabalho virtual” é capaz de automatizar: a) execução de transações em sistemas de backoffice multiplataformas; b) fazer integração e se comunicar com outros sistemas; c) extrair e converter dados de arquivos digitais; d) abrir e enviar e-mails; e) fazer pesquisas em diversas fontes de dados (web, bases de dados públicas e privadas, etc); e) execução de processos de validação de documentos digitais; e diversas outras tarefas.

Essa automação em massa, além a agilidade proporcionada, traz consigo mais duas grandes vantagens para as organizações: a redução de custos e a alta disponibilidade. Se antes era necessário um certo número de funcionários e um certo horário para a realização de um processo, agora um bot é capaz de executar milhares de processos em poucos segundos, além de estar disponível 24 horas por dia e 7 dias por semana.

Convém destacar que a RPA não é capaz de automatizar completamente uma organização, pois sempre há processos de negócio que exigem interferência parcial ou total de seres humanos. Ademais, a RPA exige profissionais capazes de criar, configurar e gerenciar suas ferramentas.

“O cerne da RPA são os chamados bots de automação ou simplesmente bots. Essa “força de trabalho virtual” é capaz de automatizar uma série de trabalhos repetitivos que não exigem julgamento”

Segundo Alfredo Araujo, especialista em automação (Intelligent Automation Magazine, edição 01), por mais que o foco da RPA seja o “fazer”, isto é, executar processos bem definidos, elas podem ser combinadas com tecnologias de Inteligência Artificial (IA), como aprendizagem de máquina e redes neurais, fazendo com que os bots executem tarefas extremamente complexas que exijam capacidades analíticas e cognitivas. Frente ao exposto, é compreensível que os trabalhadores vejam na RPA uma grande ameaça ao emprego, uma vez que é impossível ser mais eficiente que um robô em uma tarefa repetitiva. Para a IBM, “a RPA substitui tarefas humanas, não humanos”.

De fato, ao longo da história, percebemos que novas tecnologias criam necessidades, gerando novas oportunidades de trabalho. Mas, não se engane: o que puder ser automatizado será. Os profissionais que executam tarefas repetitivas nas organizações e insistem em não sair de sua zona de conforto, devem sim ficar preocupados. Adotar uma filosofia lifelong learning, ou seja, aprendizagem contínua, é imprescindível para a sobrevivência profissional.


Texto publicado originalmente no Jornal de Jales, coluna Fatecnologia, no dia 01/11/2020


Jorge Luís Gregório

Jorge Luís Gregório

Professor e entusiasta de tecnologia, estudioso da cultura NERD e fã de quadrinhos, animes e games. Mais um pai de menino, casado com a mulher mais linda da galáxia e cristão convicto. Gosto de ler ficção científica e discutir tecnologia, filmes, seriados, teologia, filosofia e política. Quer falar sobre esses e diversos outros assuntos? Venha comigo!