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Eu, Robô (Resenha)

Eu, Robô (Resenha)

Isaac Asimov é considerado um dos maiores autores de livros de ficção científica de todos os tempos. Basta uma rápida pesquisa na Web para perceber que ele deixou uma legião de fãs que, de certa forma, cultuam sua genialidade. A obra “Eu, Robô” (Editora Aleph, 2014), publicada originalmente em dezembro de 1950, nos traz uma série de nove contos que já haviam sido publicados em revistas anteriormente, dando início a aclamada Série dos Robôs. Nestes contos, Asimov explora a ideia de uma sociedade em que os robôs seriam uma parte importante do cotidiano, como eles resolveriam problemas e, principalmente, se relacionariam com os seres humanos.

De acordo com Peter Norvig e Stuart J. Russell, autores do livro Inteligência Artificial, usado em diversas universidades do mundo, inclusive no Brasil, o primeiro trabalho sobre IA (Inteligência Artificial) foi publicado em 1943 por Warren McCulloch e Walter Pitts, ou seja, é  possível que Asimov tenha se inspirado nas implicações desse trabalho e de outros que foram publicados posteriormente para escrever os contos. Sim amigos, o conceito de IA nasceu praticamente ao mesmo tempo que a Computação Moderna.

As três leis da robótica, segundo Isaac Asimov
Lei n° 1: Um robô não pode ferir um humano, ou, por inação, permitir que um humano se fira.
Lei n° 2: Um robô deve obedecer todas as ordens dadas por um humano, exceto se tais ordens entrarem em conflito com a primeira lei.
Lei n° 3: Um robô deve proteger sua própria existência, a não ser que tal proteção entre em conflito com a 1° e 2° leis.

Neste livro, Asimov introduz as três leis da robótica e explora situações inusitadas que poderiam ocorrer devido as suas implicações. É aqui que fica evidente a genialidade do autor, pois a complexidade das situações e dos personagens, sejam eles humanos ou robôs, é filosófica e cientificamente inspiradora.

São poucos os autores que têm a ousadia e a criatividade de explorar conceitos e ideias imagináveis até então apenas em um futuro distante. Um robô que acredita ser um humano, um outro que promove um debate existencial e religioso com seus chefes humanos, um robô que quer assumir um cargo político, um outro que aprende a mentir na tentativa de fazer os humanos mais felizes e diversas outras situações hipotéticas, mas não impossíveis, fazem com que o leitor fique preso ao livro até o fim.

Um dos aspectos mais impressionantes da obra é a CPU dos robôs, chamada de “cérebro positrônico”, cuja explicação lembra muitos conceitos de computação e IA da atualidade, tais como a Internet e a Web, multiprocessamento, aprendizado de máquina, ontologia, entre outros.

Meu exemplar de “Eu, Robô”

Em 2004, o icônico autor Will Smith estrelou o filme de ação/ficção “Eu, Robô” que, apesar de ter o mesmo nome da obra de Asimov, é apenas uma referência indireta, ou seja, não faz a adaptação dos contos da obra literária. Segundo consta, o filme foi inspirado em outra obra de Asimov, chamada de “As Cavernas de Aço” publicada originalmente em 1953, sendo o segundo livro da “Série dos Robôs”. Enfim, a obra “Eu, Robô” é leitura obrigatória para todos os fãs de ficção científica. Recomendo!

 

 

Jorge Luís Gregório

Jorge Luís Gregório

Professor e entusiasta de tecnologia, estudioso da cultura NERD e fã de quadrinhos, animes e games. Mais um pai de menino, casado com a mulher mais linda da galáxia e cristão convicto. Gosto de ler ficção científica e discutir tecnologia, filmes, seriados, teologia, filosofia e política. Quer falar sobre esses e diversos outros assuntos? Venha comigo!